Quando a vi pela primeira vez, eu não acreditei que pudesse encontrar extraordinaria mulher.
Cada vez que eu a encontrava, de minhas mãos ela recebia aqueles singelos versos que de minha alma, eu arrancava para ela.
Aqueles pensamentos expressos em folhas de cadernos, que ela recebia com satisfação, e seus olhos se mostravam abismados ao ler. E seu coração se enchia de satisfação ao ver, aquela folha de papel.
Lembro-me bem de quando me fui apresentada a ela.
Aquela sala de consultório, cadeiras vazias, uma recepção, cor clara nas paredes.
Eu em meu vazio existencial. Talvez eu não tivesse escolhas.
E foi ali naquele meu curto instante entre a sala do psiquiatra e a recepção que a conheci.
Aproximadamente um metro e setenta, em um vestido estampado, com flores, cabelo solto e sandálias se não me falha a memória.
Parecia que procurava por mim, estava ali sem paciente para atender, disponível naquele momento. Em suas mãos uma revista de Seicho-no-ie, que trazia palavras de acalanto.