Engraçado como reclamamos de nossa vida o tempo todo, apesar de ela ser boa. E aí quando realmente acontece uma coisa ruim, que transforma nossa vida completamente, queremos ela de volta. Eu era muito nova quando perdi meus pais, tinha uns 3/4 anos e não me lembro muito bem do acidente. Meu avô assumiu a responsabilidade e me criou a partir de então, me ajudou a superar a perda, a curar minhas feridas que deixaram cicatrizes: tanto as físicas providas do acidente como as emocionais. Desde aí fiquei bem, mas não totalmente: aquele acidente marcou muito minha vida e sempre que a cicatriz era tocada, doía. Aprendi a superar e que devemos valorizar as pessoas boas que cruzam nosso caminho, e que cuidam para que você fique sempre bem. A Sam foi uma dessas pessoas, eu a conhecia desde sempre, nossas mães eram amigas ,então eu e a Sam nos tornamos melhores amigas também.
As pessoas vão sempre cruzando seu caminho, cabe a você decidir se elas ficam ou não.
"Você está na escola, certo? Deve saber o mínimo de interpretação para entender que isso não é um casamento. É um contrato. Um mero pedaço de papel cujo único objetivo é impedir que você vá para um abrigo. Você assina essa porcaria, e cada um segue com sua vida", estas foram as palavras usadas por Alexander, tentando cumprir o testamento do seu sócio e melhor amigo, que morreu deixando uma sobrinha sem ninguém.
Sofie encarava os olhos azuis daquele homem desejando ter coragem para esbofeteá-lo. No entanto, já estava usando todas as suas forças para segurar o choro. Não podia chorar. Não na frente do homem que, por um ano, seria seu responsável. Em outras palavras, seu marido.
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