E é agora, na beira da morte que penso, que de repente, tudo vai ficando tão simples que assusta. A gente ai perdendo as necessidades, vai reduzindo a bagagem. As opiniões dos outros são realmente dos outros, e mesmo que seja sobre nós, não tem mais importância. Vamos abrindo mão das certezas, pois já não temos certeza de nada. E isso não faz a menor falta. Paramos de julgar, pois já não existe certo ou errado, e sim a vida, que cada um escolheu experimentar. Por fim, entendemos que tudo que importa, é a paz e sossego. É viver sem medo. É fazer o que te alegra, o que te faz bem. O que te faz feliz e só. É ai que você vê, que sua vida não foi totalmente aproveitada, enquanto se preocupava com os outros além de sua simples e única insignificância nesse mundo gigante.
Mas... Como viver sem medo em um mundo, onde o caos e a agonia dominam? Como sobreviver a tristeza que te persegue? Como ser brava e heróica como nos ensinam nos contos de fadas infantis? Parece que nem tudo é como imaginávamos quando crianças. Pelo menos... Eu não imaginava estar a onde estou agora...
Em um dia comum no estacionamento da faculdade, um acidente inusitado une os caminhos de duas pessoas que, até então, eram completos estranhos.
O impacto do encontro vai muito além dos carros amassados: suas vidas começam a se entrelaçar de maneiras que nenhum dos dois poderiam prever.