Sinto que me desfaço como soluto dentro d’água Poeira espalhada pelo vento O reflexo de pensamentos, momentos... Sei que já senti dores Lembro-me dos horrores dos momento; Do tormento e dos temores, sentimentos... O vidro de inúmeras vidraças A parede de celas vazias, bacias, sabores; Não me importa os amores, pois dele restou-me apenas dores. Demente, incoerente, servente, descrente; Infeliz morador do mundo de águas Águas que agora se misturam ao soluto Dando origem a mais um dissoluto sobrevivente. Atravessar ultrajante os pérfidos caminhos do destino Sem receio de entrar nas entranhas do pecado E andar no gramado dos constantes louvores. Misturas, confusas; Incertas, corretas... Só sei, que sei, que essas misturas Trouxeram-me a doce aventura De viver MIS-TU-RA-DA-MEN-TE!