Mais uma vez falo,
Sem ouvir-me a pensar.
Mais uma vez não me calo,
Arriscando tudo acabar.
Sou uma pequena sombra,
Que se mantém imóvel.
Esquecida na noite,
No escuro amável.
Fico-te procurando,
Fico-te desafiando.
No meio de tantas palavras,
Não fui capaz de puxar das armas.
E aqui caio,
À tua mão.
Aqui desmaio,
Enquanto seguras-me a mão.
E deixo-me por ti vencer,
Deixo-me pela noite embalar.
Tento não sofrer,
Enquanto o sono me vem chamar.
Ainda digo o teu nome,
Enquanto te vejo a afastar.
Mas não dizes o meu nome,
Apenas páras e ficas a me observar.
E eu entendo,
A escolha nunca minha será(s).
E compreendo,
Que só por ti aqui estará(s).
Então fecho os olhos agora,
E me deixo adormecer.
Não vendo um dia a hora,
Em que nos teus braços me venha a padecer.