”Estávamos sentados no telhado, o vento batia em seu rosto e toda vez que isso acontecia ela mostrava um sorriso de lado. — Sabia que ser estranha afasta algumas pessoas de você? — Perguntei encarando-a, ela estava sentada ao meu lado, observando o nascer do sol. Continuei olhando em seu rosto aguardando uma resposta, e a luz do sol deixava seus olhos azuis quase transparentes. Ela arqueou as sobrancelhas e abriu um pequeno sorriso. — Sei... — Ela me encarava agora e permanecia com as sobrancelhas arqueadas — E quem disse que eu preciso dessas pessoas? Fico em silêncio, apenas pensando em suas palavras. Noto ela abraçar as pernas, mais permanecia encarando o horizonte. — Então... qual sua história? — Ela olhou para mim novamente soltando um riso, que admito que me confortou. Nunca sabia como falar direito com ela. — Quer mesmo saber? — Apenas afirmo balançando a cabeça, e ela me mostra um sorriso sapeca — Quem sabe...? — Ah vai Lizzie, você sabe quase tudo sobre mim e eu não sei nem metade sobre você... deixa de ser tão fechada, prometo que não conto a ninguém — Digo com um tom insistente. As sobrancelhas que antes estavam arqueadas voltam ao normal, só se demonstrando insegura, ela apenas sorri fraco e diz: — Tudo bem...”