Quando fiz 11 anos, ganhei uma festa bem legal. Meu amigo Steve e a menina mais linda do colégio, Alice, estavam presentes nesse dia. Meus pais nos observavam sorrindo pela porta da sala enquanto jogávamos videogame. A festa terminou tarde, mas foi tão gostoso que o tempo passou muito rápido, os rostos de felicidade dos meus pais ainda ficam gravados como fotografias em minha memória e foi naquela noite que a minha vida mudou. Todos os que estavam na festa já haviam ido embora, meus pais cansados foram dormir em seu quarto e eu, sozinho em minha cama, estava me sentindo estranho, inquieto, não era como sentir ansiedade, era como se não conseguisse dormir. Lá embaixo escutei alguém bater na porta. Já se passava das duas da manhã, quem estaria batendo? Hesitei no começo, mas foi em vão, meu coração começou a acelerar, minhas mãos tremiam, meu corpo e meus olhos pareciam pegar fogo. Comecei a andar em direção à porta involuntariamente, minhas pernas não me obedeciam, fui descendo lentamente as escadas, e quando a dor me tomou por completo, comecei a gritar e gemer, sem parar de caminhar nem por um instante. Observei meus pais correndo em minha direção assustados, como se já soubessem o que estava para acontecer, então minha mãe gritou: – Não abra essa porta! Tarde demais. Meu corpo não obedeceu, girei a maçaneta e tudo ficou escuro. Quando consegui abrir os olhos estava deitado em uma cama em um quarto que parecia ser de um hospital. Vó Carry estava sentada em uma cadeira ao lado da cama, chorando. Logo em seguida, fiquei sabendo que meus pais estavam mortos e minha casa estava destruída. O que aconteceu comigo naquela noite? Quem matou meus pais? Quem estava na porta? Não tenho as respostas mesmo agora depois de 6 anos desde o dia do incidente, mas preciso descobrir antes que eu perca mais alguém que amo.
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