Naquela manhã de domingo, ele pegou as crianças e as deixou na casa de um parente, a tempos os mesmos queriam passar um tempo com os primos. Ao voltar pra casa, sua mulher estava preparando o almoço, ele escolheu uma música que a mesma gostava e pois em um volume um pouco elevado, foi até o quarto e na volta deu quatro tiros naquela que um dia jurou amor eterno. Quando os polícias entraram no apartamento arrombando a porta, ele estava no chão segurando o corpo da pobre mulher, o mesmo chorava dizendo está arrependido, não queria fazer aquilo, a arma do crime ainda estava ao seu lado, o CD escolhido, ainda estava tocando. Muito comentários foram ouvidos em todo o prédio, como poderia um homem tão bom fazer aquilo, bom marido, bom pai, até mesmo quando sua mulher foi uma ou duas vezes quando se acidentou dentro de casa, ele estava lá para cuidar dela, todos estavam chocados com tão barbárie.
Em "Festa do Pijama" os poemas são carregados de metáforas para explicar a ansiedade e a depressão e como passar por períodos em que tudo parece desinteressante e sem esperança.
Ao contrário do que a capa sugere, a única medicação da qual o livro faz uso são as palavras para expressar medos, anseios e frustrações. "Festa do Pijama" não é um livro obscuro, mas traz luz e reflexões sobre as vulnerabilidades habituais humanas.
Destaques para "Festa do Pijama", "Peter Pan", "Coroa", "Interruptor", "Meu Quarto", "Café", "Rapsódia Ansiolítica", "Nu", "Monstro No Corredor" e "Sangue Seco".