Relatos da vida de um garoto de 16 anos chamado Jeremy. Filho único nascido em um lar cristão, criado nos preceitos da religião: boa índole e moral. Ele sonha ser um romancista, mas acha bloqueios pessoais em sua trajetória. Desde cedo Jeremy teve uma relação pouco próxima de seu pai, que está sempre muito envolvido com a igreja local onde é reverendo. Ausência que é preenchida pela figura materna sempre presente na vida do garoto, ao ponto que à alguns anos, desde o início de sua puberdade, Jeremy se vê sentindo fortes desejos por Margie, sua mãe, os quais ele tenta a toda força repelir, junto com os pensamentos cada vez mais frequentes de que ele possa ser a melhor pessoa para substituir seu pai em uma eventual ausência.
A família ganha novos vizinhos. Um casal que está se mudando porquê George é escritor e está em fase de criação de um novo livro, e prefere a paz da cidade pequena para se dedicar à obra. Eles perderam seu único filho há um ano para o câncer, e vêem nessa mudança uma chance pra recomeçar e acertar as coisas em sua relação que não ficou muito boa depois disso.
Laços afetivos vão sendo criados entre as duas famílias. O casal Dwaine encontra em Jeremy uma maneira de suprir suas necessidades paternas que surgiram com a morte do filho, quatro anos mais velho que Jeremy, pois há incrível semelhança entre os dois: tanto no aspecto físico quanto nos trejeitos. Semelhanças também são encontradas entre Eloísa Dwaine e Margie Johnson. Isso, inconscientemente, faz Jeremy enxergar não uma solução, mas uma fulga para os seus atuais dilemas. George passa a presar Jeremy como um filho, o que é aceito e recíproco da parte do garoto, pois ele nunca havia recebido algo assim de seu pai. E por George ser um escritor publicado, faz Jeremy pensar no quão proveitosa poderá ser para ele esta relação.