As vezes sinto como se a vida estivesse me levando para algum caminho desconhecido sem eu ter poder sobre isso, como se eu não tivesse forças e nem vontade para mudar. O comodismo é mesmo uma droga! Custei a concordar com Elisa, minha melhor amiga, quando ela argumentou que eu tinha me esquecido de quem eu sou e estivesse sendo apenas quem eu deveria ser.
Mas posso dizer que tudo se transformou em uma montanha-russa a partir do momento que eu conheci um militar estudante do quarto ano da Academia da Força Aérea, durante o evento acadêmico que ocorreu na minha faculdade, alguém totalmente diferente de mim e fora da minha realidade.
Foi quando eu permiti me aproximar dele que comecei a me reencontrar. Por estar tão focada em meus projetos, foi difícil enxergar o que estava diante de mim, eu poderia ter ganhado tempo se eu tivesse percebido....tempo que agora se tornou o meu pior inimigo. Começar um relacionamento, depois de tanto tempo sozinha e fechada, colocando barreiras que impediam que eu pudesse me relacionar com alguém, quando eu finalmente ofereço uma chance para que ele, agora tão especial para mim, pudesse fazer parte da minha vida...talvez ele consiga ir em busca do seu sonho e continuar sua carreira. Ter os dias com ele contados, literalmente, era algo que eu não estava esperando.
Talvez se tivesse me contado que no ano seguinte tudo pudesse mudar, será que eu teria me apaixonado tão perdidamente? Talvez, talvez eu devesse ter continuado vivendo fechada no meu mundo monótono, mas agora refletindo sobre tudo o que a gente viveu nesse curto período, não me arrependo de nada do que eu fiz. Eu deveria ter pensado sobre as consequências que esse breve relacionamento traria quando ele fosse embora. Mas apesar das circunstâncias, a distância física existente entre nós não seria tão grande assim, pois meu coração estaria sempre ao lado dele