As coisas nunca foram assim fáceis, pelo menos não para mim, uma adolescente/adulta qualquer de quase 19 anos que morava com seus pais e seu irmão do meio, Pedro, na cidade do Rio de Janeiro. Meu pai era provavelmente a pessoa que menos se importava comigo no mundo, e minha mãe que estava beirando a morte num hospital situado no centro da cidade na difícil luta contra o câncer de pulmão, por conta dos vários maços de cigarro que tragava por dia, faleceu. E ao perceber que nada mais me prendia no Brasil, embarquei com minha melhor amiga, Melanie, para Vancouver, no oeste do Canadá, onde os meus pesadelos apenas começaram. Mas como eu já havia dito, as coisas nunca foram assim tão fáceis, e nem haveriam de ser, só que mesmo assim, eu ia caminhando um dia após o outro na esperança de que talvez um dia esse pesadelo eterno tivesse um fim.