(...)
- Ainda não sei o seu nome – ele sorriu com o olhar para baixo, voltando rapidamente aos meus olhos.
- Ariel – eu disse com a voz trêmula e senti as minhas bochechas um tanto quanto coradas.
- Ariel como a Pequena Sereia? – ele perguntou curioso com um olhar de “matei a charada”.
- Bem, na verdade não – eu ri – Não gosto de conto de fadas, não acredito em sereias e o meu cabelo nem vermelho é – respondi sem tirar o sorriso do rosto – mas a sua lógica está correta. Prefiro o significado natural, que é “Leão de Deus”, e mama também prefere – ele riu quando eu disse “mama”, corei.
Percebi que estava falando demais, meu normal, porém permaneci em silêncio esperando a resposta dele, sem tirar os olhos dos seus olhos tão verdes. Não queria que ele me achasse chata logo na primeira conversa.
- Religiosa? – ele perguntou sorrindo enquanto passava a mão no seu cabelo liso, tirando todo o penteado.
- Não muito, mas o significado me cativa - respondi e fiquei em silêncio.
Ele me encarava e eu tentava desviar os meus olhos dele, sem sucesso.
- Ainda não sei o seu nome também – eu disse, na tentativa de me livrar daquele silêncio.
- Saberás em breve – ele respondeu e se afastou de mim, com destino até a porta, indo embora.
Essa foi a minha primeira conversa com ele. Meio esquisita e misteriosa, mas a primeira.
Ayla é uma garota que enfrenta desafios que vão muito além da adolescência. Sob o mesmo teto que sua meia-irmã Sienna e seu padrasto abusivo, Marcos, ela luta diariamente para se proteger de um pesadelo que parece não ter fim.
Na escola, Ayla é rotulada como a nerd chata e certinha - uma imagem que Dylan, o bad boy, se diverte em reforçar. Para ele, ela é apenas uma garota sem graça, escondida atrás de livros e notas altas. E para ela, ele é um arrogante insuportável, cercado por problemas. Cada interação entre eles se transforma em uma batalha de provocações, olhares tortos e discussões acaloradas. O ódio entre os dois é intenso.
Mas o que começa como aversão logo se complica. Dylan começa a perceber uma atração inesperada por Ayla, enquanto ela luta contra seus próprios sentimentos confusos em relação a ele. À medida que se conhecem melhor, Ayla descobre que por trás da fachada durona de Dylan existe um cara sensível e quebrado.
Conforme a situação com Marcos piora, surge a dúvida angustiante: será que ela vai conseguir vencê-lo e se libertar?
"Eu te odeio pra caramba!"
"Me odeia, amor?"
"Você sabe que eu faria você ir nas alturas e esquecer essa sua raivinha por mim, né, anjo?"