Geralmente a gente só se dá conta de que está no fundo do poço quando percebe que não há esperança de um futuro. Talvez ele até exista, mas seja não tão digno como aquele que sonhamos por toda nossa vida. Aos cinco anos de idade eu sonhava em ser astronauta. Meus dias se resumiam em planos mirabolantes e desenhos grotescos, fruto da imaginação de uma garotinha de 5 anos, das astronaves que eu usaria para desbravar vários planetas. Aos 7 eu sonhava em ser jogadora de futebol, e ainda cogitava a possibilidade de jogar futebol em Marte e ensinar a todos por lá a jogar. Vai entender a cabeça de uma criança de 7 anos. Aos 10 eu havia acabado de perder minha avó e eu me sentia sozinha e desolada. E quando a pior parte do luto passou tudo o que eu queria era ser médica para salvar todas as avós do mundo pois acreditava que ninguém deveria perder alguém tão precioso em suas vidas. Aos 13 meus planos haviam mudado novamente e eu sonhava em ir pra faculdade de arquitetura e me tornar uma arquiteta renomada. Esse último durou até quando impensadamente eu decidi fazer a maior burrada de toda a minha vida.
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