" As coisas não tinham mais o mesmo signifcado entre mim e o resto do mundo.
O mundo era literal, simples e direto.
Para mim tudo era mais do que demonstrava ser.
Não me entendem.
Não me conhecem realmente.
Tenho me sentido desconhecida, perdida, fora de lugar.
Tudo parece estar desviando do eixo correto e atravessando uma nova órbita confusa.
Por favor, só quero que tudo entre nos eixos.
Uma órbita perfeita, tranquila, normal.
O mundo não gira mais em volta do Sol.
O mundo não gira mais em volta do Sol."
Desde seus problemas pessoais, passando pela separação dos pais, uma família inconveniente até a morte do avô, seu problema mais recente, a vida de Aimee parece transbordar de desapontamentos. Não é como se nada desse certo, as coisas dão certo, sim, mas parece que nada está no seu devido lugar.
Aimee tenta se desviar dos casos que parecem não ter importância, mas todos eles vão aumentando, sufocando-a. Aimee acaba guardando tudo para si, não esperando que alguém chegue e acabe com seus problemas, mas apenas esperando que passem, que as pessoas esqueçam, que o mundo gire...
No funeral de seu avô, que parece ser o pior dia de sua vida, Aimee encontra Noah, um antigo amigo de infância que volta trazendo lembranças nostálgicas e amenizando a intensidade de seus problemas.
"Talvez ao contar histórias, por pior que sejam, não deixemos de pertencer a elas. Elas se tornam nossas. E talvez amadurecer signifique que você não precisa ser personagem seguindo um roteiro. É saber que você pode ser a autora." - Cartas de amor aos mortos.All Rights Reserved