A 15 anos atrás, quando tinha apenas 7 anos, com os olhinhos fechados e o coração tranquilo depois das histórias que mamãe contava todas as noites; sentia seu carinho sobe meus cabelos encaracolados e com a voz quase inaudível dizer;
"Minha querida Helena, És brilhosa como a lua, tens o temperamento quente como o de uma tocha, É tão reluzente aos meus olhos, e tão resplandecente quanto uma Joia. A mais e preciosa, a mais luxuosa."
Ela dizia que eu alcançaria todos os meus objetivos. Que encontraria alguém que me daria o mundo. Alguém que me daria tudo aquilo que meu pai não foi capaz de nos dar. Que eu seria tão brilhante quanto um diamante, e tão desejada quanto todas as perolas que habitam o mar.
Mas oque ela não sabia, era que como qualquer pedra preciosa, eu tinha o meu preço.
"Você está na escola, certo? Deve saber o mínimo de interpretação para entender que isso não é um casamento. É um contrato. Um mero pedaço de papel cujo único objetivo é impedir que você vá para um abrigo. Você assina essa porcaria, e cada um segue com sua vida", estas foram as palavras usadas por Alexander, tentando cumprir o testamento do seu sócio e melhor amigo, que morreu deixando uma sobrinha sem ninguém.
Sofie encarava os olhos azuis daquele homem desejando ter coragem para esbofeteá-lo. No entanto, já estava usando todas as suas forças para segurar o choro. Não podia chorar. Não na frente do homem que, por um ano, seria seu responsável. Em outras palavras, seu marido.
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