A continua questão sobre o destino além da morte, seus pós e contras, seus horizontes, suas fronteiras, tudo muito transparente a olhos acostumados com a mesmice do dia-a-dia, quem nunca parou para pensar nesses fatos?
Em Trompas, e em outras cidades do mundo, barqueiros missionários vagam em seus minúsculos barcos, a procura de mortes frias e cruéis, sem provas, sem culpados, sem começos e sem fins, esquecidos pelo tempo, e lembrados sempre por corações magoados, que vivem de ruminar continuamente as magoas, por não existirem soluções, motivos ou causas.
A procura destas mortes, os missionários vagam estreitos rios e lugares perigosos, vagam cidades urbanas e interurbanas,cada canto do mundo, para dar uma segunda chance a essas pessoas, e a maioria, por sorte - ou devo dizer azar - é encontrada por estes missionárias e destinada a descobrir os segredos do além morte, de Elipulth e dos seres que habitam por lá.
Cride, em uma de suas viagens, encontra um grupo de jovens mortos, apodrecendo em uma pequena margem de um precipício, que mal cabia seu barco, e resolve envolver estes jovens, por pura intuição, por acreditar que eles tinham sua chance, sua vez e ainda mais, acreditava que suas histórias deveriam ser contadas durantes séculos, para que pessoas não percam suas esperanças, e consigam receber em seus corações a paz de um dia poder reescrever suas histórias, e é com esse ato aprazível, que se dá início a esta história.