Introdução A história por detrás da história Era uma vez dois jovens apaixonados: uma rapariga de dezasseis e um rapaz de dezasete anos. E era uma vez a ida para a faculdade. E uma separação. E um misterioso porquê. Era uma vez um casal, cheio de vida. E que, depois, deixou de existir. Eu tinha ficado em Londres, onde em tempos, eu e ele tinhamos andado na secundária. Quando a tristeza começou a tornar-se insuportavél, quando senti uma profundidade em termos de mágoa que nunca antes acontecera, descobri algo que me pareceu divino. Será que mesmo longe, continuamos perto ? É claro que aquela dor insuportavél não durou para sempre. A atrocidade da perda por que passamos não deixa de nos surpreender. Mas a vida normal continua, sem parar, e, aos poucos, a nossa perda vai normalizando, vai-se intregando na vida de todos os dias até que, três ou quatro anos depois, descobrimos que estamos bem, mudados, mas que ainda somos capazes de ouvir a voz dele, de contar histórias sobre ele, de pensar nele todos os dias. Foi no meio desse nevoeiro que eu descobri quem eu era. Amy, tenho vinte anos e estou na faculdade. E nunca o consegui esquecer. Era como se ele estivesse presente em tudo o que tenho feito até aqui. E de certa forma, está. No fundo, a questão é essa não é ? É assim que conseguimos sobreviver à perda. Porque o amor nunca morre, nunca se vai embora, nunca esmorece, desde que não o deixemos partir realmente. O amor pode tornar-nos imortais.All Rights Reserved
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