A intencionalidade é, utilizando-se dos verbetes do dicionário Paulo Freire, como mote, criar pequenos contos/estórias/invenções. As discussões da educação popular serão apropriadas de uma forma particular e transpostas para situações cotidianas romanceadas.
A primeira estória tem como mote a AMOROSIDADE, conceito extremante importante na obra de Paulo Freire. Mas o que seria amorosidade na vida de pessoas vivendo nos confins, no isolamento social, lidando com situações de vida e morte, amor e ódio? Como descrever as as atitudes dos personagens desta estória: a vingança, em determinadas circunstâncias, pode ser um ato de amorosidade?
A segunda estória, AUTORIDADE/AUTORITARISMO, em forma de versos, parte de uma discussão a respeito da autoridade moral do professor em contraponto ao autoritarismo. Segundo Paulo Freire, Autoridade e autoritarismo não devem ser confundidos. Será que os alunos da escola da Polícia Militar, a polícia e as autoridade públicas conhecem a diferença?
A terceira estória, INÉDITO (VIÁVEL?) tem como mote um dos conceitos mais importantes da obra de Paulo Freire. Entre outras coisas, discute sobre o que pode vir a ser, sobre as possibilidades presentes de construção de um futuro viável, sem abandonar as utopias como horizonte maior. A minha estória narra o encontro entre dois perdidos, lembrando Plínio Marcos, mas ao contrário da noite fria, esse encontro se dá em uma noite quente de João Pessoa. Qual o inédito viável a ser construído no encontro entre um algoz involuntário e uma vítima que se entrega ao sacrifico de bom grado?