Prólogo Á borda de um penhasco sem nome , ele pões-se de pé: uma estátua de mármore travestino , pálida como as nuvens do céu. Ele vê que há cores na vida , nem nos cortes escarlates das suas tatuagens , nem nos retalhos apodrecidos de seus pulsos , onde as correntes rasgaram sua carne. Seus olhos são pretos como a tempestade agitada que marca o Egeu abaixo , que termina com a espuma que se aferventa nas rochas acidentadas. Cinzas , somente cinzas , desespero , e o chicotear da chuva invernal: essas são suas recompensas por dez anos de serviço aos deuses. Cinzas e putrefação e decadência , uma morte solitária e fria. Seu único sonho agora é o esquecimento. Ele já foi chamado de Fantasma de Esparta. Ele já foi chamado de Punho de Ares e de Campeão de Atena . Ele foi chamado de guerreiro. Um assassino. Um montro. Ele foi todas essas coisas . E nenhuma delas. Seu nome é kratos , e ele sabe quem são os verdadeiros monstros.