E se conseguíssemos perceber no ápice duma exaustão contínua que para salvar a vida de quem amamos, precisamos tomar decisões arriscadas que se fazem necessárias para reconhecer o cerne deste sentimento para ambos conseguirem sobreviver? Daniel é um jovem garoto complexado emocionalmente. No seu último ano do colegial, fez-se acreditar que suas passadas posturas controversas afetaram-no de maneira consideravel. Hoje, suas leves crises de identidade no período de escolhas para a vida acadêmica, trazem-no novos conflitos internos. Por ora, ao receber a notícia de que faria uma viagem antes do Natal com Thomas, seu irmão de seis anos, para a residência dos seus avós, localizada no Vilarejo afastado da cidade, o deixa no mínimo intrigado por não ter sido planejada. Na manhã seguinte, após a chegada noturna, Daniel acorda e seus pais (que os trouxeram) haviam retornado cedo, o Avô Roberto, acamado, parece não querer ser incomodado no quarto trancado, a Avó Bette está desaparecida e Thomas já havia percebido. E é no meio a essa ocasião, que a aparição de uma garota frígida, um tanto quanto criteriosa, coloca as expectativas de Daniel num espectro inimaginável. Ela sabe do desaparecimento. Ele precisa tomar uma decisão. Suas descobertas intragáveis no que concerne graves segredos, medos à flor da pele, senso de justiça e lembranças fatídicas o farão enxergar verdadeiros valores esquecidos dentro de si - mesmo inserido numa realidade genuinamente conflituosa perante um sociopata.