Filha da Tempestade

A filosofia defende a tese de que nada é por acaso. As coisas sempre acontecem por um motivo, e não há nada que possamos fazer para driblar isso. Eu tivera essa aula quinta-feira passada, mas as palavras da senhora Hopking continuavam a ressoar em minha cabeça, porque eu finalmente entendera o que ela queria dizer. Lá estava eu, dezessete anos e com meu futuro nas mãos. Literalmente. O universo é curioso, e a força por trás dele ainda mais. O que todos costumam chamar "destino", eu gosto de intitular "coincidência". Se não isso, por que outra razão, em uma noite de tempestade - que foi justamente como cheguei ao mundo - eu me depararia com meu final? Não que eu tenha morrido e esteja narrando esta história do além túmulo, não, desculpem a confusão. As palavras têm poder, e isso é tudo que povoa minha mente desde que encontrei um diário de décadas atrás - naquela tal noite de tempestade - que narra toda a minha vida. Mas, o que você faria se desse de cara com o seu destino - aquele que todos dizem que você não pode mudar, aquele que você é fadado a seguir - e não gostasse muito de como ele termina?