A voz da floresta

Por Cravo,

Fantástico... Essa é uma palavra impassível de entrar no meu vocabulário. Uma palavra, por vezes, intrigante. O dicionário Aurélio traz três significados para ela: 1) Só existe na imaginação; 2) Extraordinário; e 3) Falso. Contudo, dois destes se mostraram estranhamente equivocados.

Estava deitado em meio ao musgo incrivelmente verde de uma pedra grande na beira de um pequeno riacho. Estava úmido e macio. Cheirava terra molhada e o barulho da água trazia um sentimento de grande paz. Era acalentador. Meus olhos permaneciam fechados até que um cantar de pássaro me fez abri-los assustado e, então, me interrogar do possível motivo de estar ali.

Colocar uma carapuça de normalidade ao que insistia em se mostrar de outra forma já se tornara exaustivo. Mas o que simplesmente acontece é óbvio, somos aficionados por "era uma vez". Essa é uma história temporizada por dois tipos de canções: a primeira, é a vida; a outra, representa o mistério translúcido e o espírito aventureiro que possui voz e não quer se calar.

Eu não era um cravo perdido em folhas secas... Eu era o Cravo. Alguém que simplesmente seguia seus instintos de amizade em um mundo novo.

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