Uma pequena gota de suor percorreu-lhe as curvas do rosto, para finalmente cair no chão. Ela abanou energicamente a cabeça, projectando outras gotículas em todas as direcções. Mas continuou...
Após alguns saltos e piruetas terminou numa pose firme, confiante. Mas toda a sua segurança se desmoronou numa fracção de segundo, quando se atirou ao chão, respirando sofregamente. Ainda hiperventilando, decidiu que estava na hora de parar.
Lavou a cara com água bem gelada, passando as mãos sobre os olhos e bochechas. Analisou a sua face rosada no espelho antes de a enxugar demoradamente numa toalha macia. Sabia bem parar e sentir aquelas gotas frias escorrerem-lhe sobre as feições ainda escaldadas.
Sentou-se e olhou em volta, o balneário vazio e o relógio avançado. Aquela solidão, que lhe permitia descansar e lavar-se sem pressa, sem um único som para além do correr da água do chuveiro ou do tilintar da fivela do cinto ao ser apertada, essa solidão serena, essa sim, sabia-lhe bem.
Durante o dia