Tsunagari

Após a Grande Crise Ambiental, isto é, uma sucessão de desastres naturais ocorridos em todo o globo terrestre, diversas cidades e países são devastados. Como resultado, há uma crise econômica global, levando todo o cenário sociopolítico mundial a sofrer drásticas mudanças.

Após a grande crise, para evitar uma sucessão de guerras civis por todo o globo, são criadas as Centrais de Distribuição. Essas, situadas em cidades específicas de cada país, assumem as funções de criar e atualizar os cadastros pessoais de cada indivíduo e determinar suas funções na sociedade, assim como gerenciar os recursos da região controlada e entregar os salários. As centrais também são responsáveis por permitir a execução de tarefas simples, como comprar comida. A ausência do cadastro indicaria morte ou rebelião declarada.

Formam-se então grupos sociais à margem das cidades reconstruídas: os rebeldes, os criminosos e os peregrinos. Kahla encaixa-se na terceira categoria, levando uma vida solitária e em constantes viagens pelo mundo. Ela Gosta de buscar informações sobre como era o mundo antes da grande crise e evita utilizar equipamentos de alta tecnologia, buscando suas armas e veículos em ferros velhos.

Uma das poucas pessoas com quem Kahla se comunica é Masao, um dos rebeldes sem identidade e gênio da tecnologia que criou a Tsunagari: uma rede de informações paralela a das centrais de distribuição usada para hackear a principal e permitir a criação de uma identidade falsa por tempo limitado.

Nesse conto, após uma série de acontecimentos, ela se vê envolvida em uma das investidas rebeldes, na busca de um mundo melhor.

Ilustração de capa: Lícia Guedes