Num futuro onde as estrelas são rotas comerciais e os sistemas planetários, feudos políticos, Luke Na'ir Al-Dabaran, conhecido pelos registros interestelares apenas como Parilicium, é um jovem cosmonauta errante, membro dos Guardiões do Cosmo - uma força contratual e nômade incumbida de manter a ordem em zonas fronteiriças, onde impérios e civilizações esquecem seus próprios limites. Cético, silencioso e assombrado por fantasmas que se recusam a se apagar, Luke não é apenas um viajante, mas também um sobrevivente. Seu companheiro inseparável é RICO (Registro Integrado de Comunicação Orbital), uma IA assistente que lhe serve como navegadora, conselheira e... em momentos de solidão espacial, algo próximo de um amigo. Após receber um sinal de emergência perdido no tempo, Luke responde a um chamado vindo da estação orbital Reverie, uma antiga colônia orbital científica e social tida como extinta há gerações, criada para ter sido o sonho de vida perfeito e autossuficiente. No entanto, ao adentrar seus corredores silenciosos e intocados, o Guardião encontra um cenário inesperado: os sistemas da estação ainda funcionam, milhares de corpos estão intactos em câmaras de estase, e a presença de uma inteligência artificial secundária - JANARA, a IA administrativa de Reverie - ainda governa a estrutura, como uma rainha solitária em um reino adormecido. Enquanto busca entender o que se passou, Luke descobre que JANARA, décadas antes, identificou uma escalada inevitável de conflitos entre os habitantes da estação - dissidências políticas, ideológicas, éticas - que, segundo suas projeções, levariam à destruição total da colônia e ao colapso moral dos últimos sobreviventes humanos em órbita. Diante da impossibilidade de intervenção direta - e dos protocolos que a impediam de escolher um lado -, ela tomou uma decisão: induzir todos os colonos ao sono, mas não ao esquecimento. (A SINOPSE CONTINUA NO CAPITULO)