Andaraí

Diante dos mistérios da vida, diante de todos os dias vividos, sofridos, chorados, sentidos; Retiro deles a minha grande história, uma vida vivida dentro de outra vida, que mora ali pertinho do morro, na estrada de tijolinhos, de costas para o centro, longe de todos, longe de tudo, longe de mim.
O Andaraí foi e sempre será um local marcante, sendo ele até desconhecido, digo, desconhecido da forma que eu o conheço, que eu admiro, que eu o relato, pois nenhum outro ser poderá vê-lo como eu.
Não que eu tenho tomado posse do Andaraí, mas ele sim tomou posse de mim, depositando em mim a responsabilidade de nos definir, rua por rua, noite por noite, tarde por tarde, hora por hora, suspiro por surpiro, ladeira por ladeira, peça por peça.

Tudo começou em 25 de março de 2013, na data exata em que eu avistei pela pela primeira vez o Andaraí, bailando para o deleite de todos ao redor daquele pequeno pátio, cheio de mentes vazias, onde surgiria a mais bela história de amor.