Oi mãe, então, essa é sua nora. Minha namorada. Isso é o que eu mais queria dizer para ela, uma mulher de meia idade, religiosa e absolutamente conservadora. Até seria algo fácil caso eu gostasse de garotas, é, sou o típico caso gay em família intolerante. Se assumir seria apenas um obstáculo a ser vencido, mas como faria algo assim com a ideia de que isso é errado, imoral e repugnante cravado em minha cabeça desde que eu me entendo por gente?! A cada dia quando meus olhos pousam sobre outro garoto meu coração dispara, minha respiração desestabiliza-se e desejos surgem, os demônios sussurram em meus ouvidos a condenação cada vez que isso acontece, me fazendo lutar contra algo incontrolável, me obrigando a tentar ser outro alguém além de mim mesmo. Afinal esse é o correto, não devo sentir isso, pensar nisso ou desejar isso. Devo lutar contra e ser o que é o certo! Eu pensava assim, dizia a mim mesmo que esse era o caminho da salvação... até conhecer ele!
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