No auge do ano de 2005, Rafael e Ária, se conheceram no renomado colégio, situado em uma pacata cidade do interior do estado de São Paulo em que ambos moravam.
Entre conversas no MSN e trocas de depoimentos no Orkut, os dois se apaixonaram e viveram um típico romance adolescente, regado a muita música e dramas juvenis experienciados intensamente.
Naquele ano, Rafael, jovem branco de classe média alta e filho de pais divorciados pouco afetuosos, via-se pressionado a seguir a carreira da família cujos primogênitos sempre se tornavam advogados. Porém, ele apenas desejava viver da música, embora soubesse que jamais teria qualquer apoio de seus pais. Ao ver seus sonhos ruírem sem qualquer esperança de conquistá-los, Rafael, em plena adolescência, começa a se afundar no álcool que parece ser a solução para todos os seus problemas. Todavia, tudo começa mudar quando ele conhece Ária: a menina de pele um tanto escura, de longos cabelos encaracolados que vira o seu mundo do avesso.
Ária era mais uma garota pobre, órfã de pai, que cuidava da casa enquanto sua mãe lutava contra a depressão profunda que a abateu após o falecimento de seu esposo e único amor. Por ser bolsista e filha de uma mulher negra, Ária aprendera a conviver com o preconceito desde pequena. Assim, a garota não compreendia o fato de Rafael, seu extremo oposto, ter se apaixonado por ela. Contudo, apesar de tanto relutar, ela se entregou a paixão e o amou fervorosamente.
Dizem que aqueles que pertencem a diferentes classes sociais não devem se relacionar. Dizem também que ninguém fica com o primeiro amor. Entretanto, quis o destino que ambos se separassem.
Fato é que, uma década após o rompimento, ambos ainda se amavam. A verdade é que todos sabem que onde há amor, há esperança. E onde há esperança, existe uma história a ser contada.
O ano era 2005. Tudo era diferente.
Gibril Diobsiana é um violinista e poeta que passa a estudar na Academia de Belas Artes de Euterpe, tendo como colega de quarto o prodígio na pintura e no desenho e melhor aluno do local, Yakov Mattisea.
A vida desses estudantes artistas era agradável e normal para o meio que viviam até que, depois de voltar da galeria de seu pai, Yakov traz um objeto de aparência comum, mas com uma aura misteriosa e intrigante, que abrirá portas e molduras para novas visões de mundo de ambos artistas.
"Cada tela é uma jornada própria" - Helen Frankenthaler
• Esta obra é fictícia. Todos os elementos, como nomes, lugares, personagens e acontecimentos são pura ficção da imaginação da autora. Qualquer semelhança com pessoas, sejam elas vivas ou mortas, locais e acontecimentos reais é mera coincidência.
Começo de escrita: 04/07/2021
Término: 05/11/2022
☆ Eleita em "As melhores histórias de 2022" pelo AmbassadorsPT.