Quando a mente de Carlos percebeu que ele se encontrava no meio de uma queda irreversível em direção ao fundo do Abismo do Fim do Mundo, ela imediatamente começou a produzir pensamentos curiosos, pensamentos diversos - mas que, de uma forma ou de outra, sempre retornavam ao tema da morte certa que se aproximava. Compreensível. Não esperaríamos, por exemplo, que ela fosse se empenhar em lembrar se Carlos havia apagado a lanterna da sua barraca antes de sair naquela manhã; ou que ela fosse imaginar de que cor seriam as paredes de um grande salão que, hipoteticamente, existisse abaixo daquele abismo. Essa história não é sobre a lanterna. É sobre o salão que, curiosamente, Carlos encontrou depois de cair daquele penhasco. É sobre as milhões de portas que haviam naquele salão, e sobre os milhões de lugares aos quais elas podiam levar. É, também, sobre um homem que Carlos encontrou naquele salão, um homem que não sabia o poder que tinha para resolver um grande problema. É a história de um homem que queria voltar para casa. E, ao mesmo tempo, é a história de um homem que descobre que, se ele não fizesse alguma coisa, talvez não houvesse mais casa nenhuma para voltar quando ele finalmente conseguisse descobrir o caminho de volta. ~~~ História em andamento, apesar do que esses hiatos malvados tentam sugerir! Quaisquer comentários, sugestões, críticas, etc., só mandar um comentário, inbox ou correio coruja!
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