E quantas bocas beberam desse cálice enojado.liquido reprodutivo
São bocas que abrem-se num movimento constante,ingerem o que não tem estrutura para traduzir.
Passos são diminuídos por um espectro terrível,um cais a vista.
Quando piso naquele lago,surge o sentimento de partida,viro um navio sem cor.
Só quero sentir-me ,tocar-me,comprar a dignidade,mas não está a venda .o capitalismo não me deu isso,quero ser alguém.
Acender a estrela adormecida,antes da morte sobrevida um jardim de amor.
Tudo que eu queria era voltar ao passado,derramar aquele líquido maculado,jorrá-lo num Hades infinito.
Minhas companhias são seringas, drogas advindas de uma tecnologia juvenil.
Seus beijos se foram,meu canto é um coro de tristeza,solidão e dor
Sou uma epifania aidética.
Em "Festa do Pijama" os poemas são carregados de metáforas para explicar a ansiedade e a depressão e como passar por períodos em que tudo parece desinteressante e sem esperança.
Ao contrário do que a capa sugere, a única medicação da qual o livro faz uso são as palavras para expressar medos, anseios e frustrações. "Festa do Pijama" não é um livro obscuro, mas traz luz e reflexões sobre as vulnerabilidades habituais humanas.
Destaques para "Festa do Pijama", "Peter Pan", "Coroa", "Interruptor", "Meu Quarto", "Café", "Rapsódia Ansiolítica", "Nu", "Monstro No Corredor" e "Sangue Seco".