Pandemônio.
É a melhor definição para a Grande Guerra.
Uma guerra que teve início naquilo, que deveria ser unicamente, voltada ao bem.
Religião.
Quando seus deuses, suas crenças estão sendo postas à prova, sendo questionadas, inferiorizadas por aqueles que não creem no mesmo, um povo pode chegar ao mais baixo nível.
Ele deixa de ser humano e passa a ser religião. Lutando pela religião, vivendo pela religião, morrendo por ela.
Tanta destruição causada por algo, que deveria ser voltado a um bem Maior.
A solução é o fim da religião. O fim das crenças. O fim dos deuses. E para uns, o fim da esperança.
Manifestações, lutas, mortes, não foram o suficiente para salvar a religião de seu fim.
Se está contra o governo, está morto.
200 anos após o fim da religião, Elisa tenta viver com as consequências de seus erros em uma sociedade que errar não é admitido.
Uma professora de história que ao descobrir o lado sujo de sua sociedade se vê em um dilema, uma guerra interior.
Lutar contra seu governo, sua sociedade, seus valores e consequentemente seu pai ao se juntar à uma organização radical, que visa uma nova organização para o mundo em que vivem, ou, abandonar tudo que a mãe lhe ensinara antes da morte e viver uma vida pacata e com a constante ameaça do governo a qualquer deslize. A qualquer palavra errada dita por ela.
Elisa sabe demais.
***
Mason tinha o mesmo sonho de seu pai. Um mundo melhor.
E ele conseguiria. Não cometeria os mesmos erros do homem fracassado que seu pai se tornou ao abandonar seu projeto para cuidar de sua família.
Mason jamais cometeria o mesmo erro, afinal, não há nada que ele ame mais que seu projeto; sua organização.
Mas há uma pequena parte nele que sabe que isso é mentira. Ele já cogitou largar tudo por uma mulher. Ele quis uma família. Quis Elisa.
Por isso foi embora.
"Se os homens são tão maus com a religião, como seriam sem ela?
Benjamin Franklin"