Desde a primeira vez que eu a vi, eu percebi que ela era diferente. Ela não era que nem as outras garotas que gostava de andar bem vestida e maquiada. Ela se vestia que nem um garoto, com jeans velho e largo, uma camiseta desbotada e tênis nos pés. Ela não usava maquiagem e muito menos penteava seus cabelos antes de prendê-los num rabo de cavalo frouxo. Ela era desleixada e muito menos fazia o meu tipo. Mas ela foi à única que nunca deu em cima de mim, e eu duvido muito que ela saiba que eu existo. E por muitas vezes isso me irritava, pois, alguma coisa dentro de mim clamava por sua atenção. Eu queria que ela me notasse, que soubesse quem eu era, e que eu sou o cara mais desejado entre as garotas. Mas ela não me notava, e isso me deixava redondamente frustrado. Em Konoha High School existe uma lei declarada pelos populares: fracassados andam com fracassados, e populares andam com populares. E nunca em hipótese alguma, ambas as partes podem se misturar, pois a realeza nunca se mistura com os plebeus. E eu era da "realeza", eu era um popular. E Sakura era um dos "plebeus", ela era uma fracassada. Mas mesmo consciente dessa lei erguida por nós, eu não pude evitar me interessar pela garota mais desleixada e totalmente megera do colégio. E sabendo que eu poderia colocar meu status de popularidade em risco se alguém descobrisse que eu estava redondamente caído pela Sakura, uma coisa nunca iria mudar... pois ela era a garota que eu gosto.
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