Por que não na América?

Publicação do conto em forma física em Outubro/2016, mais informações aqui mesmo ❤️

Martin começou a viajar pelo mundo muito cedo, seguindo os passos da mãe, a primeira mulher a ser correspondente de viagens num jornal francês em pleno século XIX. Suas cinzas agora repousam no Canal da Mancha, mas o instinto e o gosto pelo ato de viajar foi transmitido ao filho, junto com um pingente de prata em forma de rosa dos ventos.

Ao contrário da audaciosa senhora sua mãe, porém, nosso homem sempre foi muito cético, contentando-se em observar o mundo ao seu redor e nunca se envolvendo, passando de um albergue ao outro com sua pequena mochila de couro numa época em que ninguém ousa viajar tanto. Um ano difícil, está sendo 1850.

Ah, ele jamais poderia imaginar o que o esperava na América.