"Querido estranho,
É, você não me conhece e ainda assim está recebendo uma carta de mim. Quem será que sou eu? Uma garota louca? Uma psicótica?
Não se preocupe. Não sou traficante de órgãos e isso definitivamente não é um pedido para que você venha buscar seu filho ou filha que sequestrei. É apenas uma carta de Natal."
O recesso de inverno, para aqueles estudantes que não voltavam para suas cidades para passar o Natal, era extremamente entediante, como no caso dos quatro amigos, Josh, Carver, Lester e Marshal. O Natal na verdade havia passado, a neve do lado de fora da casa de Josh ainda estava densa e alta, o que tirava a vontade de passeios e atividades exteriores, então "se divertir" se resumia a assistir Marshal perder várias vezes no videogame. As aulas retornariam em uma semana, embora nenhum dos garotos estivesse animado para elas. Tudo muda com a chegada de um envelope azul-bebê, contendo uma carta anônima de Natal.
Agora Josh não tem só que lidar com a misteriosa N.B., mas também com sua nova paixonite na faculdade, ao mesmo tempo em que seus melhores amigos tentam ajudar (atrapalhar).
As probabilidades não poderiam estar mais enganadas ao afirmar que as chances de Zac Dilan - o grande camisa dez do Cruzeiro - chutar a bola na direção da arquibancada e acertar em cheio a cabeça de Rebeca - a odiadora número um do esporte - eram zero.
Rebeca sempre gostou do anonimato, sequer posta fotos nas redes sociais e quer que sua vida permaneça pacata e anônima. Mas a internet não está interessada no que Rebeca quer, pois, depois da bolada, os memes rolam soltos.
Izac (mais conhecido como Zac Dilan) é uma estrela em ascensão e a cada dia sua carreira ganha mais notoriedade nacional e internacional. As manchetes sobre Rebeca não deveriam afetar sua rotina, mas Zac se sente responsável pelo impacto que causou na vida da garota que odeia não apenas o esporte que ele ama, como também gostaria de vê-lo em um foguete para Marte.
As probabilidades não poderiam prever que Rebeca teria que se abrigar na casa do astro do futebol para se proteger do assédio implacável dos paparazzi. Tampouco seriam capazes de antecipar a paixão por tabela que viria de uma jogada de craque.
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