Sua vida não era algo da qual ela gostasse, nem seu trabalho algo do qual se orgulhasse. Ser pisada e humilhada por uma sociedade que em sua grande maioria é preconceituosa, não deve ser algo que se enquadre nos planos de alguém com apenas vinte e cinco anos. Nessa idade você se imagina trabalhando na área que escolheu, rodeada por amigos e família. Também imagina, que toda a vez que põem o pé pra fora de casa, numa madrugada que sabia ser fria em Boston, é porque provavelmente é fim de semana e você irá a algum pub com esses amigos... Porém as madrugadas fora de casa de Anahi, não eram apenas aos finais de semana, e muito menos em um pub. A vida lhe dava rasteira atrás de rasteira e ela tinha que lutar todos os dias para seguir em frente. Porém "pero mira que bella es la vida, te sorprende quando menos crees". O destino resolveu se apiedar dela, colocando em seu caminho o jornalista Ian, só que ele não vinha sozinho, trazia em sua bagagem uma mãe que era desse lado preconceituoso da sociedade, e um irmão que mesmo que não fosse igual a mãe, ignorava a existência dessas pessoas que para eles, os ricos, eram consideradas o virus da sociedade. Esse era Alfonso, que tinha um plano de vida pronto, e uma ideia muito bem formada sobre pessoas como Anahí, sobre prostitutas. Porém, o que acontece quando seu irmão está empenhado em ajudar aquela mulher que até então ele tentava esconder que existia? E o que acontece quando sem querer ele já se via extremamente envolvido nisso tudo? E pior (ou melhor), quando a razão briga com o sentimento, quem devemos deixar vencer?