Aqui, fixarei a minha eterna súplica, por mais que vagueie pelo vale sombrio da morte, que padeça nas mais prolíferas agonias do submundo, livra-me do mal que pelo chamado exílio caminha. Aquele cujo o coração é quente e o olhar, assassino. A criatura que foi expulsa do reino do inferno. Afastai-me, ó Anjo, do exterminador das almas promíscuas, das suas mãos ensanguentadas e da legião de malignos que nele habitam. Afastai-me, Arcanjo, do seu amor suicida, das suas penas negras e dos seus laços mortíferos. Concedei-me a paz que encontro em seus braços, e a fúria da pele abrasadora. Arrastai-o de volta à mansão celeste, aliviai-o do escuro dos seus olhos. Livrai-o, arcanjo, do fardo imposto pelo adorador do mal, revogai-o da pena assacada ao consumir e incinerar as almas inocentes e corruptas. Rogai por ele, rogai por mim, rogai por nós, Gabriel.