Amélia Albuquerque já possui a fama em sua escola de ser uma garota desastrada e, depois do suicídio da sua mãe, de ser órfã. Quando passa a morar com o pai, um homem que jamais a tinha visto antes, tem que aprender a lidar com seu jeito desajeitado e nada responsável.
Apesar da mudança, Amélia continuou na sua mesma escola, em Belo Horizonte, onde aprendeu a dar seus primeiros passos e a dizer as suas primeiras palavras. No segundo ano, já acostumada com a sua grade de professores e extremamente apegada a Luiz, seu mestre de filosofia, a garota tem que se engolir uma nova presença nas aulas da matéria: Vicente, o novo professor de filosofia, que já lecionava história há dezenove anos naquela mesma escola, para os alunos do terceiro ano.
Amélia e Vicente parecem nunca entrar em um acordo, entretanto, quando já era tarde demais para fugir, invadem em uma sintonia mútua, que vai muito além do gosto pelos filósofos e do MPB. Vinte e oito anos mais velho que Amélia e com uma família já construída, Vicente se vê obrigado a deixar de lado o amor e dar luz à razão, que sempre tanto prezou. Porém, naquela situação em especial, nenhum dos dois parece querer dar atenção à racionalidade, e se deixam levar à tragédia.