Ao acordar... revejo-o na minha mente. O quanto nos eramos inocentes... simples crianças. O nosso primeiro "beijo"; quando imitávamos os mais velhos e escreviamos os nossos nomes em qualquer árvore que nos aparece-se. Revejo o rosto que eu deixei de ver, o rapaz que levou com ele o meu coração e que deixou comigo a dor e um grande vazio. Mas que mesmo assim, continua a ser aquele... o tal que a minha mente nao deixa partir, por quem os meus sentimentos ainda estao agarrados. E o seu toque... os meus labios nunca o iram esquecer.
Ainda consigo sentir a dor que senti, quando os meus olhos fixaram os dele num sinal de "adeus". Ainda sinto...
Tenho 17 anos, vivo com a minha mãe e com a minha irma de 3 anos. Sou uma rapariga de alguma forma reservada, mas nao muito. Sou a rapariga que vive no conto de fadas, em que um principe desaparece durante uma guerra e mais tarde volta para a sua princesa e vivem felizes para sempre, juntos.
Eu ainda espero pelo meu, pelo meu principe. Que me venha buscar, que venha ter comigo, que me envolva no seu corpo e que me diga que é desta vez que que nada nos irá separar, nao outravez.
Eu vivo no meu mundo... "vivo com ele", nas nossas memorias.... nas minhas memorias.
Todos os dias, olho para a nossa 1ª fotografia juntos, felizes com o que a vida tem para oferecer, felizes juntas. Eu preciso dele, preciso de quebrar a distancia que separou as nossas vidas... A distancia que levou quem nunca devia ter ido... A distancia que o levou...
É esta a rapariga que ainda hoje olha para a casa da frente com a esperança no olhar, e com a desilusão no coração. Sou eu quem ainda hoje pensa que ele volta... Sou a ilusão humana. A pessoa que nao quer cair na realidade, porque algo lhe diz que ainda á esperanças... que pode ser amanhã o dia em que a porta se irá abrir e que tudo mudará.
Esta sou eu. A rapariga que todos chamam de "infeliz". A rapariga que ainda acredita que a distancia não é razão para desistir.
Sophie.