Na madrugada de 1824 uma mansão ardia em chamas, o fogo era brilhante e hipnotizador, tão hipnotizador que as pessoas que ali estavam, não conseguiam reagir a tamanha atrocidade, todos sabiam quem havia começado aquele incêndio, a família Woss teria ido longe demais colocando fogo na mansão dos Devills matando assim, os moradores e os seus empregados que não tinham nada haver com a rixa entre os dois homens irracionais das ambas famílias.
Era agoniante escutar os gritos de dor e desespero que emanavam da mansão, aquilo era desumano. O dono do ato tão monstruoso, sorria doentio.
Minhas pernas amolecidas pareciam que iriam se inclinar e me deixar cair a qualquer momento, tudo era em câmera lenta, meu coração se partia a cada batimento acelerado.
- Eu falhei com ela, falhei com a minha amada, é tudo culpa minha. - Sussurra o pobre homem que havia sido acusado injustamente de matar sua bela e jovem esposa. O soluço o impede de respirar, fazendo-o sentir o nó na garganta que ali se intensificará com mais facilidade. Toda a sua esperança de achar sua amada, havia se perdido na quinta semana do seu desaparecimento, tudo aquilo não fazia sentido para ele e todos o culpava por isso, ninguém acreditava na sua inocência, nem ele próprio o faria. E com tudo, ele nem lutou para sair do fogo, fumaça e escombros. Com os joelhos ao chão devido a sua instabilidade respiratória, ele se direcionou a escrivaninha que estava do lado de sua cama, havia uma fotografia de Amelina, sua eterna e amada paixão, seus pulmões ardiam devido a fumaça toxica da chama, ele mal conseguia respirar, e então ali ele a fez uma promessa, de que nunca desistiria até encontra-la e que iria se vingar dos Woss, mas a morte estava em sua casa naquela noite e, o levou, deixando assim, sua promessa ao ar, ou não.
As pessoas não entendiam, mas o mal que esse ato injusto causou no futuro da jovem descendente Aurora Woss, será irreversível.