Uma menina num pequeno apartamento que já não suporta o próprio vazio, e incolor dos seus dias, procura um refúgio em sua varanda, sozinha tenta encontrar-se nos pássaros, nos formatos das nuvens, nos trajetos de aviões, nas palavras que ela tanto rabiscava em seu caderninho azul, e até nas cores da calçada quando uma árvore florescia. Isso sempre lhe pareceu suficiente, provavelmente ela não conhecia o que era preencher-se.