Quando o Brasil era Colônia de Portugal, a ganância dos países poderosos da época, como a Holanda, Espanha e Inglaterra, era de tal ordem que constantemente invadiam e usurpavam as riquezas das colônias alheias. O Brasil era o alvo preferido.
Nas décadas que se sucederam ao descobrimento do Brasil, pouquíssimos dos que se aventuravam rumo à "terra de Santa Cruz" tinham a verdadeira intenção de colonizá-la. Roubar suas riquezas era a regra geral, e as principais vítimas da ganância dos colonizadores eram os autóctones incautos, como os aborígines e mamelucos nascidos na colônia, simplesmente por total ignorância do que possuíam e do que queriam. Eles não sabiam querer (provavelmente vivemos isso até hoje).
Por outro lado, alguns poucos lusitanos traziam suas famílias. Outros, se vinham degredados, depois que se estruturavam na nova terra mandavam buscar suas mulheres. Esses poucos casais de verdadeiros colonizadores tiveram filhos na colônia, seres "diferentes" do que se via normalmente numa terra habitada por aventureiros, mestiços, negros e índios. Eles eram os MAZOMBOS.
Esses filhos de portugueses iam estudar em Coimbra e quando voltavam, cultos, treinados e apaixonados pelo Brasil, comandavam as revoltas contra esses estrangeiros gananciosos, fossem eles espanhóis, holandeses ou portugueses.
Por trás de tudo isso, existia, na verdade, a velha luta entre o bem e o mal, que se configura neste romance através de sete heróis mazombos, escolhidos por divindades celestiais, para combater as instituições malignas comandadas por ABADON, o filho do diabo, ou o Rei do Abismo, encarnados em heróis ou terríveis vilões.
Essa guerra infinita se mistura a momentos de amor, sexo, religiosidade, mistérios, selvageria e muita curiosidade histórica desconhecida da maioria dos brasileiros de hoje.