O livro narra a trágica e perturbadora história de Júlio e Rodolfo. Amigos que cresceram jogando RPG (sigla do inglês: role playing game, algo como, jogo de interpretação de personagens) com outros colegas. O primeiro, de origem humilde, filho de pais separados, não teve apoio psicológico ou financeiro para estudar e acabou se estagnando acadêmica e profissionalmente. O outro, filho de uma típica família de classe média, teve apoio nos estudos, passou em Faculdade Federal e se mudou.
Apesar das diferenças socioculturais, os dois nutriam uma verdadeira amizade. Após meses separados resolveram reunir todo o grupo de amigos para passarem um feriado inteiro jogando, bebendo e se divertindo em um sítio isolado.
Então, o inesperado acontece, uma figura mascarada persegue um dos integrantes do grupo dizendo que o jogo é um pecado. Alega que somente sangue pode lavar tal mácula e com um macabro ritual envolvendo velas, pentagrama e artigos do jogo de RPG, assassina um dos jogadores.
O suspense aborda a psique humana de uma maneira crua e direta, fazendo o leitor transitar entre o ódio preconceituoso da misteriosa figura vestida em branco e vermelho e o desespero das vítimas. Além de demonstrar o comportamento libertino e inconsequente de alguns personagens.
Aproveitando da polêmica e infindável discussão sobre a influência que jogos violentos e o RPG teriam no comportamento dos jovens. O autor debate também sobre as consequências que preconceito racial, intolerância religiosa, exclusão social e falta de apoio familiar teriam na formação dos jovens.