O insulto...
Quando alguém nos insulta, costumamos insistir nisso, nos questionando: "Por que ele me disse isso?" e assim por diante. É como se alguém tentasse atirar uma flecha contra nós, mas a flecha não nos atingisse. Focar no problema é como pegar essa flecha e, repetidamente, nos apunhalar com ela, dizendo, "Ele me machucou tanto. Eu não posso acreditar que ele fez isso." Ao contrário, nós podemos usar o método de contemplação para pensar sobre as coisas de forma diferente, para mudar o nosso habito de reagir com raiva.
Imagine que alguém te insulte. Diga à você mesmo, "Esta pessoas me deixa brava. Mas o que é essa raiva?". Ela é uma dos venenos da mente que cria carma negativo, levando a intenso sofrimento. Confrontando raiva com raiva é como seguir um lunático que salta de um penhasco. Será que preciso ir junto? Enquanto ele é louco por agir dessa maneira, mais maluco ainda seria eu fazer o mesmo."
"Conta a lenda que um velho monge e mestre em artes marciais era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um homem conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu com a intenção de desafia-lo. O velho aceitou o desafio e o homem começou a insultá-lo. Chegou a jogar algumas pedras em sua direção, cuspiu em sua direção e gritou todos os tipos de insultos.
Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.
No final do dia, sentindo-se já exausto e humilhado, o homem se deu por vencido e retirou-se. Desapontados com a falta de reação do mestre, os alunos perguntaram ao como ele pudera suportar tanta humilhação. O mestre então perguntou:
- Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?
- A quem tentou entregá-lo. Respondeu um dos discípulos.
- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. Quando não aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo.
A sua paz interior depende exclusivamente de você. A
"Joguei o baseado no chão e apaguei com o pé antes que ele percebesse que não era um cigarro.
- Bença, padre! - falei brincando quando ele se aproximou.
- Deus te... - ele franziu o cenho. Chegou mais perto de mim e me farejou como um cachorro. - Maconha?
- Aceito! - falei brincando.
Ele não riu exatamente, mas notei que puxou a lateral da boca. Ao menos ele não estava mais tão irritado comigo. O padre tirou uma caixa de cigarro normal do bolso, colocou um na boca e me ofereceu outro.
- Não, brigada. Faz mal - falei.
- E maconha não faz?
- Tem estudos que dizem que combate o câncer! Eu não sei se é verdade, mas melhor prevenir que remediar, não acha?
Dessa vez o padre riu mesmo. Então ele tinha senso de humor..."
Nota da autora: Basicamente eu não consegui superar o final de Fleabag (ainda não viu? veja!) porque eu sou uma sucker para histórias de amor proibido. Daí surgiu este conto de 17 capítulos.