A poesia é a ação que pertence as pessoas que acreditam poder mudar o mundo através da palavra. Mudar para um lugar mais digno, natural, afetivo, harmônico, belo, musical, justo, fraterno, esperançoso, amigo, construtivo...
A poesia deve ser a escrita humana
Possuir alma, carne, sangue e esqueleto.
Ela deve vir e ir ao balanço do vento
Fazer e desfazer-se nas curvas do rio
Estar no ar, colorindo as primaveras
Banhar-se em praia espumosa
Ser o mar que beija o horizonte
A onda que nina o barco
Que balança os sonos e sonhos.
Ela deve ser vital quão as florestas aos animais
Quão as abelhas ao doce mel.
Ela deve faiscar os olhos tristes
E sorrir brilhosa à sombra.
Deve ser ensinamento antigo e pensamento novo
A cadência e a distância
A consonoridade das coisas e sentidos.
(Do livro "A Fala na Rouquidão" de Marcos Delgado Gontijo)
Em "Festa do Pijama" os poemas são carregados de metáforas para explicar a ansiedade e a depressão e como passar por períodos em que tudo parece desinteressante e sem esperança.
Ao contrário do que a capa sugere, a única medicação da qual o livro faz uso são as palavras para expressar medos, anseios e frustrações. "Festa do Pijama" não é um livro obscuro, mas traz luz e reflexões sobre as vulnerabilidades habituais humanas.
Destaques para "Festa do Pijama", "Peter Pan", "Coroa", "Interruptor", "Meu Quarto", "Café", "Rapsódia Ansiolítica", "Nu", "Monstro No Corredor" e "Sangue Seco".