Você já e perguntou como chegamos até aqui: Escolas como linhas de montagem, cuspindo ao mundo paginas preenchidas de vazio, metodicamente estabelecido por mares de burocracias que afogam qualquer iniciativa espontânea de inovação e genialidade? Os indivíduos, despidos de suas liberdades, tornam-se meros instrumentos, e seus sonhos se afogam na coletivização da sociedade moderna, e passam a buscar desesperadamente algo que retorne sua vontade de viver, arfando com olhos e pulmões às estrelas, tentando não se afogarem no pensamento de ideias de séculos passados. E numa realidade onde não somos autorizados a fazer nossas próprias escolhas, somos incapazes até de identificar as raízes das consequências que impedem a busca de nossa felicidade.
Com os espíritos quebrados pela falta de independência e liderança em nossas vidas - onde a fluidez do pensamento coletivista desaparece com nossa essência - os indivíduos buscam na realidade material, algo para se fixarem, voltando-se espaço.
Esse copilado de poemas é muito mais que um desabafo libertário, é um convite, um megafone na escuridão que engole a luminosidade das ideias libertadoras da mente e do indivíduo, tentando levantar deste rio de sangue derramado pela idiocratização da razão humana, líderes natos, pessoas capazes de tomar a frente e agir por si, tomar controle de suas vidas, e assim talvez, conquistarem o mundo, acender uma chama, cuja claridade irá desfazer esse breu. Ideias, e somente ideias, podem iluminar a escuridão.
Em "Festa do Pijama" os poemas são carregados de metáforas para explicar a ansiedade e a depressão e como passar por períodos em que tudo parece desinteressante e sem esperança.
Ao contrário do que a capa sugere, a única medicação da qual o livro faz uso são as palavras para expressar medos, anseios e frustrações. "Festa do Pijama" não é um livro obscuro, mas traz luz e reflexões sobre as vulnerabilidades habituais humanas.
Destaques para "Festa do Pijama", "Peter Pan", "Coroa", "Interruptor", "Meu Quarto", "Café", "Rapsódia Ansiolítica", "Nu", "Monstro No Corredor" e "Sangue Seco".