Daquela vez, ele não estava com seus amigos, e nem nada assim. Ele chegara calado, com as mãos enterradas no bolso da mesma jaqueta de couro e lábios rosados. Daquela vez, ele não parecia tão animado, porém, continuava radiante e sorridente enquanto pedia seu café sem açúcar com canela em pó. Daquela vez, ele não se sentara na mesa mais distante do café, e nem em nenhuma outra mesa. E, daquela vez, ele permanecera em pé, bem em frente ao balcão. Bem em frente a mim.
Tudo havia acabado.
O padre havia dito tudo que devia.
Magnus havia dito tudo um rei que deveria. Ele tentava evitar olhar para o garoto no canto do salão com os olhos azuis vermelhos de tanto chorar. Aquilo era culpa de Magnus. Ele havia perdido Alexander, havia perdido a coisa mais bela que teve em sua vida toda, e não tinha como voltar atrás.