Muitas coisas que acontecem em nossas vidas, passam despercebidas.
Muitos momentos únicos, que deveriam ser lembranças maravilhosas para nós, em sua grande maioria, nem chegam a serem notadas ou guardadas em nossa memória, enquanto outros péssimos, são tão notados e lembrados, que nos matam.
Esta é uma história, fictícia em alguns pontos, porém, muito real em outros. Ela foi iniciada como uma nota de suicídio de uma mente completamente atormentada, cujo desfecho é algo realmente surpreendente (até mesmo para os acostumados com o tema).
"Terry" trata sobre a história de um homem, que vai descobrindo muitas coisas sobre sua história, sua vida, seu passado e seu futuro, das mais diversas formas. Num dia, tudo parece perfeito, e no seguinte, tudo que ele acreditava torna-se dúvidas e mais dúvidas.
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"Terry" é uma história original, sendo totalmente criada por mim, sem referências a personagens de filmes ou jogos.
O universo da história pode lembrar bastante Silent Hill, devido a muitos elementos que há na história, os quais não vou citar para não estragar a surpresa, mas não se envolve com a história do jogo, nem com seus personagens.
Os personagens e todo enredo de "Terry" foram criados a partir do nada, inspirados em experiências da minha vida.
#VENCEDORTHEWATTYS2022 |
O corpo.
As palavras soam como um estalo na minha mente.
Olho para Daisy e Cassie no banco de trás, ainda assustadas, pálidas como se tivessem visto um fantasma. Destravamos os cintos e saímos do carro, ficando instantaneamente sóbrias, correndo na direção de Sarah, que está parada há alguns minutos diante do corpo jogado de barriga para baixo no meio da rua, nos impedindo de ver o rosto. (...)
Cassie se ajoelha e checa o pulso do garoto jogado diante de nós. Já sabemos a verdade, mas torcemos para que seu coração ainda esteja batendo. Torcemos para que ainda haja esperança.
Mas não há.
Ela vira o corpo para cima para vermos o rosto. E lá está ele: Dylan Hastings, de olhos abertos, mas não vivo. Há sangue espalhado por todo o seu corpo, e recuo para trás assim que vejo. Seus olhos, que mais cedo estavam sorridentes, agora já não expressam nada além de um enorme vazio. Sinto uma pontada no estômago. A qualquer momento posso vomitar.
Dylan Hastings está morto. E nós somos as responsáveis por isso.