Devassa

Alexa nunca duvidou do amor. Jamais se atreveria! As vezes ela duvida ter amado alguma vez. Amor quando é amor, não se esvai. Se acabou, não era amor. Até que seja amor, um sempre definha. Acumula dias de sofrimento. Aparentemente, este sempre foi o destino final de suas relações amorosas. Apaixonou-se, tinha certeza. Mas, amar? Ela não sabe. Ela não soube, até conhecer Bernardo.

Elegante, sedutor. Maldito! Alexa se perdeu. Quando foi? Ela não sabia. Mas aqui está Alexa, apaixonada. Talvez, amando. Bernardo a ensinou dormir e acordar amada, com vontade de amar alguém. Descobriu que o amor, odeia o silêncio. Não basta amar baixinho e tudo bem gritar o amor. Seja através dos braços, abraços. Olhos, mãos, boca. Entendeu que seu maior equivoco foi amar menos. Lento, de mansinho. Ter cautela. Sabe a importância de respeitar a própria insegurança, mas se o amor está aqui, por que não gritá-lo?

Se cruzaram tantas vezes. Mal sabia que demarcava cada esquina dela, como dele. Desgraçado! Passaram a vida enganando-se em outros toques e olhares, mal sabiam que já pertenciam um ao outro... em algum lugar, já se amavam.