Nas Águas do Lago Negro

Adara - este era o seu nome - ajoelhou-se sobre a relva verde, sentando-se ereta por culpa de seu espartilho bege e arrumando o seu vestido, de modo com que ficasse aberto à sua volta. Estava descalça, gostava de sentir a terra úmida sujando os seus pés. Ela apoiou as mãos, escondidas em luvas claras de seda, sobre o colo, e se pôs a refletir. Seus pensamentos iam longe, desde o Universo e seus mistérios à humanidade e seus atos.
- Por que as pessoas agem sem pensar? - Dessa vez, Adara formulou a pergunta em voz alta - Não acredito que os humanos sejam tão cruéis o quanto pareçam, embora os seus atos falem mais do que os seus pensamentos.