Quando saímos de lá, uma chuva insistente começou a cair. Ela pegou um guarda-chuva na bolsa e andamos, lado a lado, espremidos sob ele. Era um guarda-chuva vermelho e branco pequeno, barato, que por aqui custaria uns três euros. Mal cabíamos os dois embaixo dele. A não ser que andássemos realmente bem perto um do outro.
Minha mão roçava na dela, enquanto tentávamos segurar o cabo juntos, lutando com uma rajada de vento. Ela sorriu quando a mão dela encostou sem querer na minha. Eu me perguntei por que tínhamos que morar tão longe um do outro, ter culturas tão distantes e línguas tão distintas.